Monday, February 12, 2007

DUPLICIDADES



by antónio d'almeida
Tal ébrio horizonte na asfixia do ocaso
Com riso louco de estorvo em mente encolhida,
Maldizendo a sobriedade em dias melhor conhecida

Tal escusa de turvas vontades inflectida
Com perversas verdades de desejo escondido
Implorando ao tempo a volta em descanso consentido

Enfim, como que …

…DUPLICIDADES!!!

Friday, January 26, 2007

MULTIDÃO ISOLADA



by antonio d'almeida


no meio do presente, sinto-me envolvido!

no meio do nada, sinto-me imaginado!

- qual presa na inocuidade do seu rasto...

- qual predador no infortunio da pista que segue...


na multidão...
... não me sinto,
... não me encontro,
... não me desejo.
na multidão
... tem a ausência do EU que existe,
... tem a ignorância do EU que sabe,
... tem o desejo do EU que ama.
na multidão só tem gente que nada sabe!!!

Thursday, January 4, 2007

FALDAS AO VENTO

by antónio d'almeida


de espada em punho, me arrisco na viela mais escura
olvidando um pesadelo que atormenta meu ser

de arma em riste, procuro na sombra que espreita,
esquentando com lágrimas meu estomago que se torce com dor
de arma em riste avanço, procurando o amanhã
de espada em punho, esventro o presente que não passa
Vem amanhã, vem!!!
- és cruz do meu vento, és falda do meu tempo.

mas,...
Não te temo!!!

Monday, January 1, 2007

JANELA VERDE

by antónio d'almeida


Nas horas em que vejo passar,
Fica o rasto do que me deixas ver

Olhos da alma que arde sem sentir
Olhos da rua que passa e não se move

Sinais do tempo que se abrem
Memórias duma rotina para lá e...
... para cá!

Tuesday, December 26, 2006

ESPELHO MEU


by antónio d'almeida
miro o retrato tal como ele é
miro o reflexo e me acho bonito
qual narciso oscilante de dubias certezas
qual beija flor petulante em sobressaltos constantes
... - procurem-me

CAÇADOR

by antónio d'almeida

Aquela presa me espera
evitando o confronto ao destino
desejando um acordo promiscuo e insano.

Aquela sombra metamórfica
se mostra no deslumbre encanto
daquele momento ao acaso encontrado.

Aquela folha de papel em branco tingido
me conta descobertas oriundas
da certeza do amanhã que nao chega

Ocasos da historia ...

Saturday, December 23, 2006

COISAS QUE PICAM

by antónio d'almeida


É duro quando te afastas e não dizes o que almejo que digas
É duro quando te afastas do meu carinho sem sentires o que ele te diz
É duro quando te afastas e não aceitas o meu desejo

É duro quando […] te ausentas na minha presença

NA TUA MÃO

by antónio d'almeida
Em equilíbrio me garantes, detido e bem seguro
Em travão te aplicas na hora que tendo a correr sem necessário

Me ignoras quando sozinho me acompanho
Me deixas quando de injustiça me visto

Obrigado a abrigado na tua mão

Friday, December 22, 2006

PAPEL DE PAREDE

by antónio de almeida
Sentado desinteressadamente, me recosto confortavelmente,
O cheiro de napa barato me invade as narinas,
Ageito-me melhor ainda (como se isso, fosse possivel)
Vejo para lá do obstaculo e te ouço num burburinho de prazer...

PEDAÇO DE MULHER

by antónio de almeida


A curva aquecida, me deslumbra e esconde,

O prazer luxuriante, me ausenta da razão

Nesse pedaço me entrego e descontrolo.

No tempo que para, no silencio da banda, na clareza da noite ...

... - te encontro e não procuro